Estava escrito

Estava escrito

Nas brumas deste denso e escuro mar

Que em outro tempo, longínquo tempo

Uma bruxa iria loucamente, se apaixonar

E o feitiço, em lua cheia foi decretado, aceso

Na fogueira das verdades do olhar

Uma fogueira, com o nome deles dois...

O bruxo mago, que seria raptado

Pela donzela, dona de seu coração.

Não se sabia embora já estivesse escrito

Que esta donzela, teria peito de pedra

E que nos olhos uma rocha de jade

Banhada em mel de abelhas...

Perderia o foco, ao avistar o seu bruxo

O coração de pedra começa então a ceder

Sente-se derreter... Morrer a cada segundo!

Ela já não mais o buscava

havia feito um pacto com a lua...

Daria a noite seus sonhos...

Em troca dos ventos e seus murmúrios.

Mas assim se passaram eras...

Séculos e séculos sem fim...

Até que um dia, a dívida precisa ser paga

Estava escrita no fogo

Com tinta carmim

Os bruxos de antigamente

Encontram-se em nossos dias

E as chamas da antiga fogueira

Levantam-se em alegria

Eles pensam sem pensar

Amam sem compreender

E se entregam ávidos ao luar.

Um amor escrito na pedra da eternidade

Com feitiços, labaredas, e juras

Em pleno século vinte...

Reescrevem com punhal na areia...

Um “Eu te amo!” de pura candura.

E o resto desta história...será contada depois

Pelos filhos dos bruxos... Que de lá do universo aguardam e comemoram

Finalmente o encontro do fascínio, com a loucura!

Márcia Poesia de Sá

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 06/12/2010
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