Recendência (Luzes n’alma)

Miríade de luzes n'alma pululam

em recendente aroma de méleos olores

ao adejar suave de asas ao vento

refestelam-se ao repique de gáudios fragores

É o ruflar de anjos fagueiros

ao ataviar-se a lua de álacre olhar

esvoaçam aos rumores dos risos que entoam

os lábios ao afago de doce estreitar

Assim ao flanar d'alma que anseia

deleite de anelos em doce espreitar

a brisa permeia em rocio ao relento

leva consigo um anjo a cismar

N'alma entrevejo um sol de esperança

ao doce arpejo d'um riso a exalar

suave perfume que eclode das flores

que vem dos amores meu sonho embalar

Então na calada as luzes se acendem

inflama-se a alma em doce sonhar

tem nos pendores seus nobres anseios

assim aos enleios com anjo a folgar.

ANSELMO, Valdecir de Oliveira. Recendência. Rio de Janeiro: Quártica, 2008. (Poema)

Valdecir de Oliveira Anselmo
Enviado por Valdecir de Oliveira Anselmo em 05/12/2010
Código do texto: T2654363
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