LETRAS NO MISTÉRIO DO INFINITO

LETRAS NO MISTÉRIO DO INFINITO

por Juliana S. Valis

Letras desabam lá no alto, entre as estrelas,

Procurando as luzes do mistério no infinito,

E quando os olhos, de fato, tentam vê-las,

O sonho solta a luz no mesmo grito

Que rege a música do universo,

Além do tempo mais aflito...

E, assim, o sentimento mais disperso,

Entre as horas mais humanas,

Ultrapassa o limite desse verso,

Nas sensações, nem sempre planas,

De amor, de paz ou de saudade...

E da mesma forma que as letras desabam,

Do mesmo modo que tudo se vai,

O silêncio se encontra nas noites perdem

Estrelas que fazem do infinito o seu pai !

Pois eu só quero contemplar, mais uma vez, o compasso

Das estrelas caindo lentamente no mar,

Só quero lançar mais um verso que faço

No universo do sonho, tão disperso no olhar.

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"Elle est retrouvée!

Quoi? L' éternité.

C'est la mar mêlée

Au soleil."

"Ela foi reencontrada !

Quem ? A eternidade.

É o mar misturado

Ao sol."

(Arthur Rimbaud, poeta francês)