Viver é Morrer de Amor

C A S C A T A

I

VIVER É MORRER DE AMOR, RENASCER A CADA MÊS

Do sangue que foi perdido pra o filho não concebido

No mesmo ventre que fez a Vida nascer da Dor.

II

Não é só frase de efeito: VIVER É MORRER DE AMOR,

RENASCER A CADA DIA e transformar em poesia

Toda a plangência da dor que não se estanca no peito.

III

Viver é o maior presente, só não é mais do que Amar.

VIVER É MORRER DE AMOR, RENASCER A CADA COR

Que a Primavera outonar no coração do vivente.

IV

É o coito eterno entre o Ser e o Não-Ser, gerando o mundo;

É o sol nascente a se pôr. VIVER É MORRER DE AMOR,

NASCER A CADA SEGUNDO que a Vida nos conceber.

V

Eis o motivo do amante gemer de prazer e dor:

Em seus mergulhos na Luz, ele se ofusca e deduz:

VIVER É MORRER DE AMOR, RENASCER A CADA INSTANTE.

VI

A Natureza é Louvor que encanta até mesmo ateus;

É um ciclo de vida e morte que impele o vivente à sorte

De orar nos braços de Deus: VIVER É MORRER DE AMOR!

VII

Quem sempre morre de Amor já vive de Infinitude

E voa em Felicidade com asas de Eternidade

Nos braços da Plenitude no ciclo eterno do Amor.

Lúcio Gama
Enviado por Lúcio Gama em 04/12/2010
Reeditado em 05/05/2012
Código do texto: T2653047
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