CICLO ETERNO DO AMOR

VIVER É MORRER DE AMOR

RENASCER A CADA MÊS

Do sangue que foi perdido

P'rá o filho não concebido

No mesmo ventre que fez

A vida nascer da dor.

Não é só frase de efeito,

VIVER É MORRER DE AMOR

RENASCER A CADA DIA

E transformar em poesia

Toda a plangência da dor

Que não se estanca no peito.

Viver é o maior presente,

Só não é mais do que Amar.

VIVER É MORRER DE AMOR,

RENASCER A CADA COR

Que a primavera outonar

No coração do vivente.

É o coito eterno entre o Ser

E o Não-Ser, gerando o mundo

Num sol nascente a se pôr.

VIVER É MORRER DE AMOR,

NASCER A CADA SEGUNDO

Que a vida nos conceber.

Eis o motivo do amante

Gemer de prazer e dor:

Em seus mergulhos na luz,

Ele se ofusca e deduz:

VIVER É MORRER DE AMOR,

RENASCER A CADA INSTANTE.

A Natureza é louvor

Que encanta até mesmo ateus;

Um ciclo de vida e morte

Que impele o vivente à sorte

De orar nos braços de Deus:

VIVER É MORRER DE AMOR.

Quem sempre morre de Amor,

Já vive da Infinitude

E voa em Felicidade

Com asas de Eternidade

Nos braços da Plenitude

No Ciclo Eterno do Amor.

Lúcio Gama
Enviado por Lúcio Gama em 01/12/2010
Reeditado em 02/09/2011
Código do texto: T2646839
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