A PROCURA
Em busca do infinito um pássaro voou
Alçando vôo, galgando o espaço azul.
Buscou a vida através das nuvens
Buscou a sabedoria da escuridão.
Em busca da realidade ele voou. Atrás dos mistérios infindos vagueou,
Suas asas já cansavam,
Seu corpo parecia atordoado, fatigado, abatido...
Suas forças esvaiam-se pouco a pouco, mas
Quem sabe que vontade o impelia contra o tempo.
Será que era tamanha sua angústia à procura de seu destino,
Que nada parecia afetá-lo?
Talvez o mistério de seus olhos
Fosse o poder da visão!
Talvez o segredo de sua vida
Fosse sua liberdade!
Talvez...
Quem sabe se esse pássaro descobriu o sentido de viver,
Dando sua vida a outros, dando sentido a existência do amor.
Só, sabe-se que ele voou, sabe-se que mesmo cansado não desistiu.
Sabe-se que mesmo vencido, ele lutou.
Sabe-se que mesmo morrendo ele amou.
Mas como peregrino solitário no deserto do infinito, vagueou
E como Ícaro, ele morreu. Mas sua vida não acabou,
Prosseguiu coexistindo no tempo, ensinando o homem a lutar.
Ensinando-o a amar sem querer ser amado.
Vivendo e vencendo.