ADONAI

Certa vez, num longo caminho,

Um velho andava divagando.

Olhava os pequenos brilhos tímidos

Que provinham das estrelas mais longínquas

Encobertas pelo véu do espaço.

Na infinita calma de seus olhos

Lia-se o futuro do mundo, inteiro.

Às vezes tenebroso, às vezes brilhante.

Às vezes...

Na tranquilidade de seus passos

Achava-se a coragem das frases não ditas.

Vagarosas, serenas, mudas.

Todas elas...

Quem talvez com ele encontrasse

Tomaria-o por mendigo ou louco.

Talvez até um abandonado

Pela vida!

Mas assim não o era!

Ele era grande como o mar

Forte como o raio

Calmo como a noite

Era simplesmente...ADONAI!

Gláucio Ramm e Silva
Enviado por Gláucio Ramm e Silva em 21/11/2010
Código do texto: T2628851
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