ADONAI
Certa vez, num longo caminho,
Um velho andava divagando.
Olhava os pequenos brilhos tímidos
Que provinham das estrelas mais longínquas
Encobertas pelo véu do espaço.
Na infinita calma de seus olhos
Lia-se o futuro do mundo, inteiro.
Às vezes tenebroso, às vezes brilhante.
Às vezes...
Na tranquilidade de seus passos
Achava-se a coragem das frases não ditas.
Vagarosas, serenas, mudas.
Todas elas...
Quem talvez com ele encontrasse
Tomaria-o por mendigo ou louco.
Talvez até um abandonado
Pela vida!
Mas assim não o era!
Ele era grande como o mar
Forte como o raio
Calmo como a noite
Era simplesmente...ADONAI!