QUALQUER QUE SEJA
Meu poesí é fel e sangue vertendo,
quando eu falo de saudade.
Pois saudade implica em ausência,
e ausência implica em distãncia;
Qualquer que seja.
E tudo redunda em tempo,
tempo perdido, tempo sem amor,
sem o seu amor;
Qualquer que seja.
E o amor é a estrada,o caminho,
a via da vida;
Qualquer que seja.
E a vida é ofertório, dádiva, presente;
Qualquer que seja.
Mas o qualquer é abstração, subjetivismo.
Faço pois, meu poesí no palpável,
no tangível, no visível.
Porque poesia é pra ser sentida,
no âmago, no íntimo,
como um intenso toque de amor;
Qualquer que seja.