Poema para Olga
"Sou mais uma vez a vítima
de meu próprio ser alado."
Flutuamos sem imitar os pássaros;
entre céus e mares,
somos e seguimos.
Na bagagem, levamos a poesia.
Os olhas iluminados
encontram vestidos bordados
com sob luares e nuvens.
Sem limites,
cantamos, falamos,
mergulhamos mares,
ninamos palavras.
Dormindo,
regamos flores
colorimos desertos,
beijamos o chão.
Somos seres alados
colados no corpo dourado
dos filhos do Sol.