Não me permito
Não me permito forçar sentimentos
me entranhar em ditas qualidades
e não perceber meus instintos.
Não me permito abraços educados
ginástica de lábios
olhar desencorajado.
Não me permito ouvir “achismos” dos outros
e não ouvir o que vai dentro de mim,
que bate o pé, que range os dentes,
que grita: NÃO!
Não me permito não gostar
não me comover com a voz
não esperar, não desejar
não transcender.
Não, mil vezes não!
Só me permito ARDER!