Não me permito

Não me permito forçar sentimentos

me entranhar em ditas qualidades

e não perceber meus instintos.

Não me permito abraços educados

ginástica de lábios

olhar desencorajado.

Não me permito ouvir “achismos” dos outros

e não ouvir o que vai dentro de mim,

que bate o pé, que range os dentes,

que grita: NÃO!

Não me permito não gostar

não me comover com a voz

não esperar, não desejar

não transcender.

Não, mil vezes não!

Só me permito ARDER!

Lígia Martins
Enviado por Lígia Martins em 12/11/2010
Reeditado em 23/12/2010
Código do texto: T2611962
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