PELAS RUAS DE LISBOA

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Eu nunca andei por tuas ruas,
cidade que, em sonhos, vejo:

vielas/pátios/escadas/recantos.
Ah! Como tudo isso eu desejo!
Como tudo isso faz-me encanto!

Minha imaginação por ti passeia:
São calçadas, candeeiros, santos,
roupas nas sacadas, mercearias,

e o sol, com alegria, a se derramar
sobre tudo o que o homem semeia.


Teu povo moreno e tão musical
canta o fado em muitas tabernas,
com paixão (e com dor interna)
pois corre-lhes, no sangue, o vinho
e, no meu, essa atração eterna.


Ai, como posso assim querer-te:
tuas luzes, tua cor, teu porto
por onde caminho meio absorto,
com os meus penares, sozinho,
querendo mais um pouco ver-te?


Da tarde, observo a luz derradeira,
num entardecer que breve cai,
e, enquanto recito algo de Pessoa
(o mágico poeta que me atrai)
minha alma se desdobra inteira.


Do Tejo, sinto uma força ideal,
e guardo-o na minha memória
feito uma joia de Portugal -
apenas imaginando minha glória
se pisasse nesse solo ancestral.




Lisboa! Apago então o meu fumo,
viro para o lado e, afinal, durmo...


Silvia Regina Costa lima

6 de novembro de 2010










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Teacher

Por vc me fazer gostar ainda mais deste lugar
e de seus fados, eu te dedico este poema.

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Gil

 
Salut ma reine,

como é bom ver Lisboa pelos seus olhos.
Seu olhar de poeta transforma em poesia
a poesia que os portugueses carregam na alma.

Lindo poema.
Muitíssimo obrigado pelos versos e
por trazer um pouco do lirismo português
para as páginas do Recanto.

Mil beijos portugueses.


Ps: nunca estive em Portugal.... mas bem que gostaria...
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 07/11/2010
Reeditado em 09/02/2018
Código do texto: T2602561
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