O meu sol é quase noturno.
Minha nave é inconstante.
Meu tempo é sem instante,
ficou na noite dos tempos.
O silêncio é minha senha,
que na alma se desenha
como vitrais de catedrais,
entre incensos de jasmim.
Dia a dia, em harmonia,
leva-me o vento
por alamedas (e areais)
na sombra da lua cheia,
em rastro de belos astros,
cada vez mais adiante.
E sou poeira de cristais
em fragmentos de mim!
Silvia Regina Costa Lima
setembro de 2010