Alma Gêmea Cega
É o feixe de luz
Que sai dos cantos que apaziguas
Brilho destro que lhe seduz
Das relíquias de nossas vidas
No entanto, tu não sabes
Em tua humanidade contínua
Que esta porta a qual abres
Ofusca-nos as frágeis retinas
Cálices tintilam cintilantes
Calem-se outrora e doravante
As nações saibam quão duradouro
Amor seja este cálido tesouro
Por maestros orquestrados
Teus cabelos regidos alinhados
Em tua brânquia face traveja
Unifica-se pura tua ímpar beleza
Escravo nato de tua destreza
Na qual amaste-me por vez extasiada
Por teu puro sangue de princesa
Minha alma pagã vê-se lavada
Por viver neste século escabroso
Corres à tua falsa facilidade
Encoberto, o nosso passado glorioso
Privaste-lhe daltônica das cores da felicidade
E esta refazenda nostálgica
Por teus beijos quentes fontes
Desta energia benéfica cáustica
Que anseio por buscar em teus montes
Em áureos tempos eras deveras destra
Por tuas benignas palavras falarias
Algo prático feito a chave-mestra
Da caixa de pandora das minhas fantasias
Como a confusão de um espelho conto
As imagens corretas, mas faces inversas
Meu quebra-cabeças trás o lado pronto
E aguarda impacientemente as tuas peças...