A Minha Verdade
 
 
 
E quando Ele arrastava a pesada madeira
Da sua cruz pelas ruas,
Olhou-me com ternura e amor
Que perfurou meu corpo,
Indo atingir meu coração.
 
Senti como se o mundo inteiro me pertencesse
E eu pertencesse a Ele.
Porém, minha fé era tão pequena,
Que baixei os olhos e fingi não O conhecer,
Mas ainda pude ver que Ele com toda a Sua dor,
Sorria para mim.
 
Tal foi minha vergonha que sai dali atordoado
Pela covardia de ter-Lhe negado,
Mesmo conhecendo a verdade
Que Dele havia bebido.
 
Hoje eu O procuro nos fundo do meu ser.
Quando O encontro beijo Sua face
E me aninho em Seus braços.       
Precisei morrer mil vidas e renascer outras mil
Para entender que somos eternos
Na Vida que Ele nos deu.
                             
Então Lhe pedi.
Dai-me apenas um amor nesta vida,
Que estarei redimido de tudo que fiz
Por ter vivido sem o amor
Que tanto desejei e nunca pude ter.
 
Ele sorriu e apenas disse:
Ela já veio ao teu encontro 
E tens que esperar para amar ,
Pois ela nasceu para o amor 
Que tu tens para dar.
















TAPA


 
Carlos Neves
Enviado por Carlos Neves em 26/10/2010
Reeditado em 26/07/2013
Código do texto: T2580190
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.