Da Força Amiga

Sob o sol

Tudo é claro

Cá está

A cor perdida!

Nunca se perdeu

Que está dentro

Mas cá está

A luz

Única redenção.

Do repouso ardente

Sob o pai feroz.

Uma favorita no estéreo

Poucas perguntas

O poder

É certeza cega

Tateando

As esquinas cúbicas

Da perdição cinzenta.

Sob o sol

Mais sol

Fogueira

Brasas de mim

Velas incenços cachimbos

Todos os sóis do homem sob o sol!

O Rei

Grita quieto

Ouço seu berro:

Vinde a mim!

Vinde ao oráculo solar!

Ouçam o que tenho a dizer!

Mas cá:

Cá no trópico

Cá no matagal labiríntico

Cá nos meus domínios,

Vinde mas vinde bravo

De braba bravura

Sob o compasso

Rígido!

Ouçam!

Filhos da terra e da água,

Ouçam o que diz a grande voz

Do silêncio violento

Da cintilância violeta:

Cá estás forte!

Cá tens todos os amigos

E também os melhores inimigos.

Olha-me de frente -

Não tema a dor

Beba o trago restaurador

E da novidade -

Do enlace

Que se já desenlaça

Leva o fogo

No peito e no ventre

E rodopia

Rodopia:

Entenderás.

Sob o sol

Agora bebo

E o pássaro

Inflamado

Abre seu primeiro vôo.