O POEMA E O POETA

O poema germina na alma do poeta,

logo liberta-se despido e tão sutil,

e irreversível, sopra a lua, a sua meta,

é rio, é água, é encantado seu cantil.

O poema rodopia-se em torno do poeta,

marcando pleno, lhano e solto seu compasso,

na sua dança em reverência à flor dileta

e beija a arte, desenhando lindo passo.

O poema cede asas à alma do poeta

e seguem a voar, pulsando em dons queridos,

pinturas, sensações, a plástica correta,

lampejos de maestria, rastros coloridos.

Então o poema se recolhe e se aquieta

a conceder sua criação ao seu poeta.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 16/10/2010
Reeditado em 18/10/2010
Código do texto: T2559738
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.