FRUTO PROIBIDO
Nós caminhávamos entre as folhagem
como voavam os beija-flores,
mas de repente aparece uma borboleta
selvagem, querendo atrapalhar nossa viagem.
E continuamos a passear,
vendo as muitas cores,
daquele vasto pomar,
co' toda hierarquia e seus poderes.
E avistamos uma linda árvore,
perto dos rios, lá no meio,
frutífera, com o fruto belo
em teu seio, simbolo de grande anelo.
Era o Fruto Proibido...
Dele não foi permitido que se comesse.
Provar do fruto nos traria falta,
por ser do Bem e do Mal.
E nós a caminhar
pelo belíssimo lugar somos tentados,
a comer do fruto sem pensar,
que por soberba fomos levados.
Como se houvera sino,
tu me oferecestes o "produto"
e eu no meu inocente tino,
tomo desse proibido fruto.
E parados sem rumo,
cai em nós um profundo sono,
e uma dor, talvez nosso abandono
de Alguém no Seu resumo.
Nós em intensos sustos,
entre os arbustos,
desperdiçamos o sono dos justos.
SACRÁRIO. Edinaldo Formiga. São Paulo: 14/10/10.