Os seres e as bolhas
Nascem frágeis as bolhas de sabão
Frágeis, nascem os seres
Diversos tamanhos
Diferentes matizes
Cores que dançam.
Há os que ultrapassam os limites
Os que se abortam no caminho
Ou encontram um muro em que estourar.
As bolhas, enquanto rodopiam
Permitem entrever a forma do vento
Os seres,
A forma de Deus.
Uma missão que é solta do tempo,
Em que existir já se basta,
Ainda que como esperança
Daquele sopro que sai da criança,
Faz abrir um sorriso
Retorna, enfim, ao princípio
Sem jamais renunciar à dança