AINDA BEM QUE EU SEI VOAR
Estou saindo. Indo a algum lugar
Mochila nas costas e sem direção
Na minha bagagem a imaginação
E de repente noto que posso voar
Eu, que chego bem antes da flecha
E se tivesse asas, seriam de poesia
Suscito emulação à voraz harpia
E tu pégaso, por que me invejas?
Eu, que a ti pareço um vagabundo
Sou bem maior que Dédalo e Ícaro
Nem alado, tais quais os pássaros
Mas num sobrevôo admiro o mundo.
Garrido, eu adejo de encontro ao sol
Fecho os olhos e vou onde quero
Sou lépido, sou alígero e sou prócero
Tímido ante a mim voa um rouxinol.
Eu posso me lançar de arranha-céus
Despido, descalço e sem traje de herói
Volito liberto, rumo ao infinito
Ainda bem que eu sei voar!
Estou saindo. Indo a algum lugar
Mochila nas costas e sem direção
Na minha bagagem a imaginação
E de repente noto que posso voar
Eu, que chego bem antes da flecha
E se tivesse asas, seriam de poesia
Suscito emulação à voraz harpia
E tu pégaso, por que me invejas?
Eu, que a ti pareço um vagabundo
Sou bem maior que Dédalo e Ícaro
Nem alado, tais quais os pássaros
Mas num sobrevôo admiro o mundo.
Garrido, eu adejo de encontro ao sol
Fecho os olhos e vou onde quero
Sou lépido, sou alígero e sou prócero
Tímido ante a mim voa um rouxinol.
Eu posso me lançar de arranha-céus
Despido, descalço e sem traje de herói
Volito liberto, rumo ao infinito
Ainda bem que eu sei voar!