A busca
Sei que em algum lugar há
A paz que necessito sentir,
O brilho do infinito a cintilar,
Refúgio certo para o coração se alojar.
Sei que onde busco é impossível
Obter o que é, de fato, preciso,
Ser feliz, sem exceção...
Sei que estar no escuro é carecido
Para valorizar o que é sólido,
Dizimar o vazio sórdido,
Dissipar o conflito aborrecível.
Onde habito haverá sempre lugar
Para todo e qualquer um estar,
Mas almejo a porta menor,
Aquela estreita, apertadinha,
Onde, para se encontrar,
Muita peleja é imperativo enfrentar.
Por onde começar?
Aonde retornar para revitalizar
As forças tão necessárias para lutar
E matar os leões que nos fazem caminhar?