PRÉ-MORTE!
Quais vozes ouvirei?
No silêncio da noite...
Qual estrêla será minha guia,
quais olhos brilhantes
irão me falar de amôr...!?
Quais mãos irão acariciar
meus cabelos...
qual sonho embalará
meu sono!?
Minha Esperança...
Não! Tudo é sonho
tudo...tudo é ilusão...
Meu coração baterá sòzinho
não ouvirei vozes,
não haverá estrêla guia,
não haverão olhos cintilantes...
A me falarem de amôr....
Não haverá mão carinhosa
meus cabelos ficarão argênteos e imóveis...
Aqui estou...muito distante
Esperando a morte
que me levará
a cada dia de vida....Morte!
Obs: Este poema foi feito na distante estação ferroviária Luiz Gama, as 16:45 em algum dia do mês de novembro de 1988...a anotação do dia já esta bem apagado na anotação feita num velho BG-10 da Rede Ferroviária ( BG-10 era um formulário para telegramas que eram remetidos através dos trens e fonados pelo seletivo....