NÃO INVENTO, NÃO CRIO, NÃO ENGENDRO?!
Não invento palavras, apenas as utilizo em uma idéia
Idéia que para mim, não é concreta nem abstrata,
É fruto do pensamento ativado, latente e carente
Que se desenvolve como por reflexo impulsivo
Apenas um simbolismo de concepção,
Concepção que é meu baú de conhecimentos
Adquiridos no labor da leitura em compartimentos
Que são repostos e expostos ao sabor dos movimentos
Conhecimentos que sei como apreciação de informação
Informação que considero medida de redução de minhas incertezas
Que são detectadas e avaliadas para depois serem trabalhadas
E à medida que vêem à tona é adequada à limitação da realidade
Incerteza que me leva a calcular a evidência que provém de meus sentidos
Sentidos que me fazem parecer dote, mas eu bem sei, dote é dom
Mas que também é suor e transpiração da mente em reflexão
Uma coisa leva à outra que do ato desato pelo uso da imaginação
E dom é sensibilidade de uma feliz idéia, que não sei inventar
Apenas tento utopias nesse projeto irrealizável de querer/pensar/ poetizar
Desse exercício realizo o impensável ao me entregar como pincel a modelar
Diante de mim está o quadro branco pedindo, por favor, venha me pintar
Utilizando-me de cada unidade mínima que já existe e tem próprio significado
São como fragmentos de um mosaico ou caleidoscópio a ser unido e desvendado
Mas necessita de uma elaboração para ser elo entre o pensamento e o expressar...
Nasce assim o entrelaçamento da vontade do diálogo interior que se traduz...
Na palavra!
Duo: Lufague e Hilde