NÃO INVENTO, NÃO CRIO, NÃO ENGENDRO?!

Não invento palavras, apenas as utilizo em uma idéia

Idéia que para mim, não é concreta nem abstrata,

É fruto do pensamento ativado, latente e carente

Que se desenvolve como por reflexo impulsivo

Apenas um simbolismo de concepção,

Concepção que é meu baú de conhecimentos

Adquiridos no labor da leitura em compartimentos

Que são repostos e expostos ao sabor dos movimentos

Conhecimentos que sei como apreciação de informação

Informação que considero medida de redução de minhas incertezas

Que são detectadas e avaliadas para depois serem trabalhadas

E à medida que vêem à tona é adequada à limitação da realidade

Incerteza que me leva a calcular a evidência que provém de meus sentidos

Sentidos que me fazem parecer dote, mas eu bem sei, dote é dom

Mas que também é suor e transpiração da mente em reflexão

Uma coisa leva à outra que do ato desato pelo uso da imaginação

E dom é sensibilidade de uma feliz idéia, que não sei inventar

Apenas tento utopias nesse projeto irrealizável de querer/pensar/ poetizar

Desse exercício realizo o impensável ao me entregar como pincel a modelar

Diante de mim está o quadro branco pedindo, por favor, venha me pintar

Utilizando-me de cada unidade mínima que já existe e tem próprio significado

São como fragmentos de um mosaico ou caleidoscópio a ser unido e desvendado

Mas necessita de uma elaboração para ser elo entre o pensamento e o expressar...

Nasce assim o entrelaçamento da vontade do diálogo interior que se traduz...

Na palavra!

Duo: Lufague e Hilde

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 02/10/2010
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