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O Diabo Desafiou O Poeta

O diabo desafiou o poeta, em uma transcendente visão, foi uma disputa poética, desafiando um cristão, que das palavras que alhures cega, este as faz de libertação, propagando para as mentes, que amar é a solução, vocação predestinada, que evocou com zanga o cão;

O cão chegou sem modéstia, exaltando a sua missão, alertou logo ao poeta, que é o rei da persuasão, e que domina todos os verbos, e que se vence imporá maldição;

O poeta sorrateiro, concordou com a situação, disse que não precisava de ódio, para derrubar qualquer um cão, pois, quem muito alardeia, não tem qualquer vocação, e quem só fala em mazelas, não conta com a sorte não, a energia negativa é a maior perdição;

Poeta domino tua língua, tiro fora tua inspiração, quase acabei com Jesus, com a minha encenação, pare de escrever o que não presta, falar de paz não é a solução, tens que regar a semente, fazer aflorar a ambição, escrever sobre caridade, morrerás pobre, sem teto e sem nenhum tostão;

Mais que bicho chifrudo atrevido, malefício só nos traz podridão, como o fétido odor do teu hálito, boca feia sem escovação, e esses olhos arregalados, tentando vencer na pressão, aguarde bufando o desfecho, vou superar esta provação;

Independente de minha higiene, para escrever tem que ter vocação, sou eu quem mando na Terra, controlo toda expiação, até a de um ingênuo poeta, arranco teus dedos das mãos;

Controle toda esta raiva, cuidado com o coração, te indico um chá de Azaléia, vai fazer meditação, ainda bem que o que está na mente, não precisa de dedo em mão, para se transformar em idéias, e amenizar a sofridão, da ignorância que impera, nesta Terra que não tens nas mãos;

Até agora exalto, minha habilidosa missão, se és poetas me prove, que tuas palavras não são em vão, não modificas as moléstias, que organizo com exatidão, eu sou o ser das trevas, se venço vais sofrer maldição;

Escrever o que não presta, não é a solução, regar a semente, não são palavras em vão, pare de falar de caridade, paz, até de exatidão, vais sofrer com as trevas, independente de maldição, exalto minha língua, o escrever habilidosa missão, com a minha inspiração, acabei com tua encenação, poeta que tem Jesus, venço toda expiação, poeta ingênuo na terra, que controlo tua ambição;

Com o derradeiro verso, que saiu da própria boca do cão, o poeta afugentou o capeta, que sumiu com indignação, poético jogo de palavras, mas que divina inspiração, extraídos da chama perene que verte de um bom coração.





O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 01/10/2010
Reeditado em 11/02/2011
Código do texto: T2531580
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