ARTIFÍCIOS DA POESIA

O mais difícil, da poesia,

ao nascer,

não vem a ser

o tema...

Comédia, romance ou drama

Menos ainda se há dilema

Ou que causará polêmica

O que importa é a inspiração

Abrir às suas portas...

Mas, o primeiro verso,

a primeira linha,

que descerra o Universo

por onde ela caminhará.

Terá vida própria

Adormecerá ou deslanchará?

Na dúvida? Na certa!

O que será que ocorrerá?

O mais difícil, da poesia,

ao nos visitar,

é o seu despertar,

Como se dá o ato de criar

O que se passa lá dentro...

Até despontar no horizonte

Como o sol, em manhã fria,

invadindo casas velhas e vazias:

tristes e escuras ilhas;

O que é que há nas entranhas

Suas sanhas e manhas

A habitar o coração do poeta

Almas penadas, adormecidas,

como o pó depositado em velhas mobílias.

A palavra então surge no improviso...

Como uma flanela a limpar a poeira

E desfraldar sua bandeira!

Duo: JL Semeador e Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 29/09/2010
Código do texto: T2527156