D'o Bramir

Oh sentimento taciturno que ora

por sob meu peito translúcido

de negra cor, coração escuro

entumecido por este sentimento que me devora

e quando olho para atrás vejo a demora

com que há muito te carrego, no profundo

de minha'alma mergulhada nos turvos

sentimentos das tristezas ruidosas

Oh bradar intenso, túrgido

bramir de vozes roucas por sobre as horas

de alta-noite, sois loucas, incomensuráveis, estrondosas

sois os mais íntimos uivos,

ladrares de lobos guardados sob a porta

dos calabouços repletos da escoria

de minha'alma...até quando deterei-me à gloria

dos mais altos clangores angelicais, à vitória

trilhada aos carraras da vida caridosa?

Ficando preso às figuras destorcidas de minha

própria tortura...

Oh luzidia ermida da paz...