OITO REFLEXÕES FILOSÓFICAS

1. MEDITAÇÃO

Às vezes anoiteço triste

e me consola a solidão

das estrelas distantes.

Às vezes amanheço alegre

e perco a alegria em instantes:

é o fruto da desatenção.

Oscila o dia, em ondas que vão e vêm.

Percebo no timbre das tardes que

o sol que nasce todos os dias

brilha acima do mal e do bem.

2. DUALIDADES

Alegrias e tristezas, flecha e arco,

tripulantes do mesmo barco,

águas do mesmo rio, sereno ou insano,

sorrisos ou lágrimas

que temperam lagos e oceanos,

ora em doçuras, ora em desenganos.

3. ALEGRIA

Alegria é cozinhar o tempo

na panela do estar presente

em si mesmo. E soprar a brasa

que acende no peito o alento

de ser como brisa, como o vento

leve, no agora sempre atento.

4. TRISTEZA

Tristeza é comer o passado

qual amarga sobremesa.

E nunca enxergar a beleza

que passeia bem ao lado.

5. ALEGRIA E TRISTEZA

Alegria é estar para sempre liberto

dos conceitos estreitos, das amarras,

e ser livre do medo, de suas garras.

Alegria é luz dissipando a treva.

Tristeza é fardo que se leva,

pesado como noite sem alma,

que angustia, deprime e faz perder a calma.

E a gente se irrita, se aborrece e se agita.

E a solidão, calada no peito, grita.

6. RITUAL DE PASSAGEM

Alegria é quando o brilho do sorriso

se faz luz no paraíso. Desafia a treva,

purifica Adão e sacraliza Eva.

Sem pecados, trevos da sorte,

risos libertos de sul a norte.

Então se cruza o derradeiro portal,

no ritual de passagem chamado morte:

e ressurge nova vida, dessa vez imortal.

7. NOVA ERA

No avesso do verso de outra vida,

o coração do poeta voa leve.

Para além da rima, sonata breve,

ecos de suave melodia

tecem a estrofe do novo dia.

Em ouro e prata, brilham os versos

da nova era, inaugurando a face do

universo em canções de alegria.

8. SER COMO SE É

Ser alegre ou ser triste

não é bem a questão.

Ser como se é, nisto a vida consiste,

pois tudo pode ser alegre

e tudo pode ser triste.

Depende do sonho, do desejo,

da perspectiva e da emoção.

E do tamanho do amor que existe

sob a forma de compaixão.

Esse amor que insiste

em brilhar como estrela,

brasa viva de fé e esperança

irradiando para todos os lados

a luz infinita que vem do coração.

(este poema foi escrito no dia 09/09/2009, dedicado à minha mestra de Reiki, Rejane Leopoldina, que aniversariou naquela data de abertura de um portal)...

José de Castro
Enviado por José de Castro em 24/09/2010
Reeditado em 24/09/2010
Código do texto: T2518462
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