Desnudo.
Bastas vezes foges de minha face.
Quando te desnudas e me encontras,
humilhado e livre és.
Humilhado, dizes?
Sim...
Estás sem tuas couraças
tecidas nos porões das ilusões...
E assim desnudo, livre te sentes.
Pobre menino,
tuas vestes de mentiras costuradas pesam.
Pobre menino, pequeno és...
Quero-te sempre despido
e puro.
Livra-te das inutilidades.
Encara a nua e crua realidade...
E eis que ali, na singeleza do novo dia,
como um bebê doce e puro,
espero-te.
Eu sou a Verdade.