TEU SILÊNCIO

Alí, nesse Teu silêncio

atravesso minha terra de mágoas

e leis que me fizeram fruto

sobre raízes cansadas.

Não sou capaz de reflorescer

nessas estações adormecidas.

As dores - comuns, banais,

ardem nas letras,

mas não recriam vida.

Liigo-Te às fontes

para ser capaz de me alvorecer

no lado escuro da vida.

Teu rosto ainda me é horizonte.

Tocas-me as pedras,

recostadas, miseravelmente,

em meu espírito.

E com um gesto de luz

sei que também as eleva.

E prossigo.

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