Procura, passado e ainda
Sombras fugidias pelos campos estelares
São os ecos dos meus melhores e esperados olhares
sobejos das rimas desatentas de métrica
- ocultos em tantos versares -
colores de lua que não se acham, não se afagam
e, tão pouco se acatam e se ofertam em canções
Só meus pensamentos se revelam
... em leve silêncio te velam
entre a madrugada e o instante que me respira ainda
esse último ar de vida ... inquieta, quieta
uma vida adormecida
...
tão inerte que transborda o som
imbuído nos meus olhos brandos
dados em olhares longamente anversos
É um procurar ambíguo
...
oculto em poemas que se/me esmaecem
pelos luares afora, estrelas antes do tempo
- paisagens boreais-
Nuvens seguem, se arredam, mares se recolhem
embora dure a tarde, meus passos não sentem a areia
ventos vagamente passeiam perfumes ... e
o sol é um lume no infinito
nesse tempo que me entrelaça entre o passado e o ainda
só mesmo o que finda é a página de nome hoje
- no infinito -
Meus olhos buscam, já tão sem forças, sem argumentos
apega-se a uma cor no céu, um barulho, um alento
que me transporte sem mais dores a um lugar definitivo
onde apenas teu sorriso antigo, me espera
para seguimos pacíficos, lentos e desapressados
então levaremos nossos pés esmaecidos a andar
por flores serenadas no amanhecer, sob o luar
...
O tempo já é passado
talvez a felicidade seja só essa paz
- esse andar medido...compassado -
ver meus passos e os teus
em rastros
...
lado a lado...
*** imagens google***