TEMPO AO TEMPO
Estou dando um tempo à emoção
Não possuo sequer outra intenção
Olhar incerto olhando a paisagem
Aguardo ainda o fim da estiagem
Longe dos olhos perto do coração
É como eu avalio a minha emoção
Fiquei sem Norte e sem bagagem
Quando estava em plena viagem
Navego sem rumo e sem ter opção
Mas invisto e insisto na imaginação
E nada que fizesse ia valer à pena
Nem resolveria os meus problemas
Quando perece o amor e a ilusão
A gente perde o prumo e a ação
Não se pode ter a mente serena
Quando se vive em eterno dilema
Vou dar um tempo ao sentimento
É o que me insinua este momento
Limpar as gavetas, sótãos e porões
Para encarar quaisquer dos senões
Farei a vida entrar em movimento
No ciclo natural dos acontecimentos
Voltarei a compor e a fazer seresta
Com a certeza que vida é uma festa
Trocarei o guarda-roupa e o meu look
Ganharei o mundo com meu notebook
Abrirei as portas, as janelas e frestas
Pois aprendi a aparar minhas arestas!
Duo: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes