UNIR FIOS DE PENSAMENTOS!
Feito bola de fio enrolado
Zeloso novelo sendo desfiado
Um conjunto de fios em encadeamento,
Antes tecida peça passeia em transe
Que se cruzam, fundamentos, urdimento tramado
Pela seiva que arde de linhas que anseiam
É o cognitivo perdido nos pensamentos
A formar o enredo misterioso dos segredos
É o meu ponto de partida...
A mergulhar no buraco da agulha
Ponto a ponto, fio a fio, meio a meio
No transito da costura que alinha
Construindo minha trama feito teia
São emoções que logo nos incendeiam
A minha essência vinda do meu entendimento
Provoca e clama uma poética dialética
Nesse novelo, entrelaçado, enredo meditar...
Onde o conjunto dos neurônios a eletrocutar
Embrulho de idéias, o produzir, o criar,
Fruto bendito do intelecto elétrico a suar
Imaginar, potencial do construir coisas,
Oriundas lá das profundas catacumbas
O ponto inicial de o tudo começar, originar
Sob impulso do subsolo, eixo do mundo
Desenrolar de fios reflexão...
Prontos ao ato da explosão
Inspiração, arte do descobrir,
O que de mim casa em ti no ir e vir
Nele todo poder sentido de decisão
Peneirados enlaces da rede neural
Força da vida, nas asas de vôos das possibilidades
Que tramam e conspiram à fecundidade
Parece simples processo mental
Mas é resultado do labor intelectual
Das idéias concentradas, mas é complexo mistério,
Que só as almas simples rompem seus labirintos
Do sentir, do ver, do compreender das coisas
Como o romper do casulo das mariposas
Universo pensante interior, interagindo com todo maior universo.
Que unem minúsculos fragmentos de mosaicos diversos em versos.
Duo: Lufague e Hilde