Destino

sigo meu destino

eu e minha alma

resquícios do sopro divino

no santuário dos átomos

e das nuvens fugidias

uma jornada sem guias

por desertos sem fronteiras

vago as noites e os dias

em vão tateando paredes

de histórias alcoviteiras

buscando aplacar a sede

na harmonia dos abraços

num sonho contumaz

ouço os passos

deixados no tempo

- ecos longínquos -

de vidas sedentas de paz

se estou predestinada

é somente a ser livre

para seguir na alvorada

o rastro prateado da lua

e a estrela suicida

que me mostre o itinerário

de uma terra prometida