FANTASMAS NA NOITE
FANTASMAS NA NOITE ***
Em bronzeas asas apareces nas noites
Há muito sonho com teu corpo
Corpo etéril, sem rosto
O anjo de meus versos
Que hás de amar-me, na terra
Como a um fantasma , um amante
Vestido de cavaleiro da noite, errante
Marcando meu corpo em açoites
Beijos ardentes, fortes sensações
Fantasmas nas noites, visões
Perdida sem voz, apenas a sussurrar
Por mais prazer...a implorar
Minha alma grita latejante
Grito de dor...gemido lancinante
Cavaleiro da noite ao luar
Meu corpo todo vem despertar
Gélido sepulcro a me ofertar
Mas, como meu corpo é ardente
Mais forte, lança sementes
Fantasma agitado, faz reviver
Dou-lhe parte de minha alma
Dou-lhe parte de meu viver
E, entre expirar e ressurgir
A soprar-lhe calor, dou parte de mim
A abrandar-lhe, restituir-lhe a calma
Transportar-lhe parte de meus sentidos
Dos muitos por mim, já vividos
E poucos tão merecidos
Acordar o fantasma da noite
Tirar-lhe do estado éter...visão...
Dar-lhe rosto, uma imagem, um coração
Fazer-lhe viver, a real paixão
Deixando de ser fantasma nas noites
Deixando a palidez manchada de morte
Acordar, viver na mesma vibração
Trazer-te enfim, prá minha dimensão