Fusão

Mãos atadas por detrás das costas

A costa roçada pelas ondas cansadas

O mar da vida, a própria com suas apostas

E o destino terrível de suas emboscadas

O tempo cru ao vôo que me embaraço

Algo que vai muito além do além do cais

O som amigo do instrumento gasto

Viagens cheias de algo mais

Sobre todas as nossas vidas

Caem os sóis a sós e as feridas

Por mais confusa que seja a existência

Por menos válida que seja a penitência

Elas dormem no silêncio do universo

Despertando aos poetas os versos

Seguindo sempre a pergunta repetida

Onde enterraram os tesouros da vida?

É a teia dos aficionados à sua sina

Vida vira, revira e virá em sentimentos

A tradução mais exata do que é a vida

É o que guardamos dos momentos

Serpenteando na eternidade dos dias

Na intensidade dos segundos que anuncias

Colocando sobre a mesa como cartas ao seu dispor

Os estigmas do tempo e os males do amor

Permita-se fundir ao universo!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 13/08/2010
Código do texto: T2436647
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