AO VENTO, A BRISA DO AMANHÃ

És mais que uma brisa da manhã,

Ou o frio de estação de inverno,

Ou tarde prazerosa de estação,

És o OXIGÊNIO que dar vida,

Nas minhas noites de verão.

Mesmo que gás ou vapor de bueiro,

Expire em ti tanta poluição, ou que,

Em nome do progresso joguem em ti

O dióxido em contra mão, és o ar

O vento aos quatro ventos.

A cada respiro pretenso em ti penso,

No meio de rajadas de fumaça quente,

Rota do fim,o homem em nu raciocinio,

A cada ano tua estrutura é mistura

Da química do final.

Não mais serás a cadeia do respirar,

Em meios de tanto gás metano,

Não tens mais plano de perdurar

Estou sentindo teu ar, o vento norte

Só vem trazendo a morte.

A tua química mudou, desmistificou,

Ou poluiu, que frio tenso e pretenso,

A loucura do homem te sonegou,

Quero que uses teu filtro de cor,

Cheiro do frescor.

Vento, brisa, tornado torvelinho,

Deixa ter saudoso brio ornado,

Das cores do sol e vem para

Minha vida que esta cinza

Eu a quero incolor.

Vagas perdido em tua dor

Das estações o teu langor,

Rosa dos ventos e intentos

Que te traiu e apunhalou

Meu ar a vagar

Vais te banhar ou tua dor curar

Na estação perdida do tempo ,

Poluído da podridão humana,

No mar, quero sentir tua pureza,

Beijar-me nua, meu ar.