Mirante

Telefonemas ecoam na imensidão

Da manhã revestida de silêncio e dor

É um mesclado forte, irreversível sensação

Amo, sofro, choro, sinto, clamo amor

Gostaria de comprar minha liberdade

Mas dinheiro algum suborna o maior dos ditadores

O coração, único dono de tua felicidade

Desgarrada ovelha arredia aos pastores

Um afiado fio fala defronte a face

No front da vida em guerra à rotina

Algo nada comum a quem imaginasse

Que felicidade é o mesmo que alegria

Chove fino, feito o tom de uma voz feminina

Soprano, soprando o tímpano aguçado

Pelo silêncio de uma manhã cinzelada, neblina...

E os desejos orquestrados pela falta do teu abraço

Corpo, curvas, retas, rostos, metas, gostos

Gasto gotas de sangue e suor

Olhos, lábios, dedos, páreos outros

Caminhos que o coração sabe décor

Subo pelas paredes em áspera sede

Respiro ofegante em suor constante

É a febre tardia por querer ver-te

Além das fotos na estante

É exatamente incerto

Como o longe se faz perto

E as tuas lembranças longínquas

Transpõem-se em carne-viva!

Agradabilissimamente um sonho blue

Folhagens, delirantes flores nas cidades

Vejo tudo e nada como o real apenas nu

Do que seria ver a cidade em veracidade

Projeção, proteção, por tensão

Caminho, caminhos caminho pois

Transformando a enlouquente paixão

No amor que existe entre nós dois!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 10/08/2010
Código do texto: T2430663
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