O olhar daltônico
Percebe da presa
A imagem,
Numa cor e linguagem
De nuances
Que só a lua possui...

Ele fixa-se, entre
O láscivo e o platónico
Derretendo a razão que  se dilui.

E escorre tecendo loas,
Ao simples querer
Que flui
Na possibilidade
De enamorar-se
Do impossível.