Canto do Madrigal
Mais uma noite que no céu se adensa,
Como se fossem rolos de fumaça,
E eu aqui soletro o que de ti alcanço
Tênues laços que aos olhos perpassam
Em fiapos de neblina o luar que passa,
Enfeita-se de estrelas na alma do espaço.
Momentos lúdicos a invadir a praça
Que inspiram poetas de todo mundo
A paz não acho no azul profundo,
Qual pássaro cansado eu já vou caindo
Chacoalho as penas e logo adormeço
E como sonho os sonhos mais lindos
Na orquestra sonora, a luz que canta e dança,
Longe um belo traço de um pintor revela.
Que emoldura uma pintura suave e intensa
Um flamboyant de raios enche o horizonte,
Abrindo o fascínio aos corações presentes
Ligeira uma ave passa a voar sozinha,
Com seu gorjeio a musicar o instante
Como do vento foge uma pérola marinha.
Um grão de orvalho acorrenta o sol,
Como as garras que sinto de teu beijo ardente,
Bocas famintas e lábios em arrebol fremente
O luar de linho exala o cheiro do lençol.
Dueto: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado no poema original de Arlete Brasil D. Fernandes
Publicado no Mural dos Escritores link:
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/madrigal-1?xg_source=activity
Assista ao poema em vídeo:
Canto do Madrigal - Um duo...
http://www.youtube.com/watch?v=iHE9HifGhts