A Dama enjaulada
Autor: Daniel Fiúza
12/09/2006
Sua simplicidade é complicada
cordas de sentimentos humano
deixando a sua vida enterrada
em outro cérebro, noutro plano.
Cheia de fobias, a sua certeza,
a dama enjaulada se atrofia
a cada dia perde mais sua beleza
ficando só na sua hegemonia.
Falso convívio recém descoberto
na idolatria vítrea da irrealidade
não é seu dom sentir o certo
a pobre dama mergulha em nulidade.
No seu mundo triste enclausurada
sem teto, parede, porta ou janela
do próprio coração foi despejada
tiraram todos sentimentos dela.
Psicótica do seu eu, desesperada,
a mulher presa na sua fantasia
tudo que ela cria ensimesmada
são fantasmas convivendo à revelia.
Dama de si mesma prisioneira
vivendo sua mentira desumana
nos escombros como passageira
acreditando na sua mente insana.