Ha um eco
Há um eco
Há um eco entre montanhas
Um eco grave, mas inaudível
Impreciso mas intrínseco
Amargor da garganta a doer
Há um eco labirinto
Há um eco em forma de lágrima
Este eco é meu grito
Que do coração exala
Explodindo em céu de vidro
Há um eco de criança
Pouca dança de alegria
Fantasia em berro solto
Há um eco de agonia
Há um eco de tristeza
Na lamina deste dia
O primeiro dentre muitos
Eu me sinto tão vazia
Há um eco de guerreiros
Medievais estrangeiros
Sintomas de guerra santa
Estridentes pontas de lanças
Há um eco em meu silencio
E eu escuto a toda hora
Mas há fogueiras ardendo
Nas inquisições das horas
E meu eco será alto
Das montanhas bandeirolas
Cavalheiros dos destinos
Clamo por ti agora!
Márcia Poesia de Sá – 31.01.2010