ALIENAÇÃO
ALIENAÇÃO
Joyce Sameitat
Ternura envolvente da noite tão quente;
Que tira como ventania a natureza fria...
Do coração em compasso como passos;
Da canção bem dolente que o preenche...
Com a mente voltada para coisas frugais;
Remexo e puxo cordas do meu passado...
Pois deixou em mim gosto de quero mais;
Com temperos de fantasias, exacerbados...
Quando chega a manhã em tons radiantes;
Dissipam de mim todas as minhas cores...
Pois o brilho do sol é bem mais berrante;
E a ele sobrevivem simplesmente as flores...
Eu das emoções sou como que um cadinho;
Que tentam se separar, porém em vão...
Até conseguem... Mas só um bocadinho;
Mistura-as novamente o meu coração...
Sou um sonho no qual me proponho;
Mudar a tudo o que me desgosta...
Quando acho que consigo eu suponho;
A vida vem e muda suas propostas...
São Paulo, 14 de Julho de 2010