AO ACASO

AO ACASO

Joyce Sameitat

Com asas engalanadas;

Pelas noites iluminadas;

Sob o espelho do mar...

Tento voar seguindo pegadas;

De coisas que já são passadas;

Com as quais vivo a sonhar...

E no meu conto de fadas;

Sou a princesa encantada;

Que sinto em mim aflorar...

Me dispo devagar da solidão;

Encontro escondido o coração;

Quase que em gemido a cantar...

A realidade se faz ausente;

Assim como a vida presente;

Já consigo então até voar...

O que meu ser em si sente;

É pura vontade inconsciente;

De a mim em sonho encontrar...

Sou tudo e sou nada;

Sem juízo ou regada;

Por auroras e ocasos...

Sigo a minha jornada;

Como quem não quer nada;

Vivendo meio que ao acaso...

São Paulo, 26 de Junho de 2010

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 08/07/2010
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