OFÍCIO DE POETA
Eu fiz
faço
e farei
poesia
por destino
desatino
birra
e picardia.
Eu refiz
Traços
E esboço
Poemas
Por vocação
Tesão
E irreverência.
- ignorando
a angústia
o medo
e a solidão -
- vencendo
a tristeza
lamentos
alimento paixão.
cada verso
uma centelha
cada poema
imensidão.
cada letra
uma palavra
cada poesia
ofereço entregas.
Eu fiz
faço
e farei
poesia
com a alma
vísceras expostas
pés descalços.
Você diz...
Acato!
E canto
Sua magia
Em empatia
Nas entranhas
Da plenitude.
- flama
que incendeia
o tédio
amargo remédio
para a dor
que desnorteia –
- inflama.
Que acalanta
Acaricia
Vicia
Cura
A nostalgia
E dá alegria.
feito menino
correndo atrás de balão
bem pequenino
numa noite de São João
perdida no tempo.
Vou ao embalo
Da tua melodia
Seja noite ou seja dia
Estou na folia
Em total sinergia.
Eu fiz
faço
e farei
poesia
para manter-me
vivo
e que me perdoe
a morte.
Você me diz
Sou aprendiz
Da tua lavra
Fico feliz
Encontro o norte
Você dá o suporte
Isso é o que importa.
- comigo
ela não terá
muita sorte -
Sim... Nada de morte
Reverenciamos a vida
A PAZ e o AMOR.
pois o que escrevo
em minha bagagem de mão
levarei embora
para a outra dimensão.
Lá no infinito oculto
O misterioso fascínio
No colo e proteção do Absoluto
E é por isso que tanto luto.
Dueto: JL Semeador e Hildebrando Menezes