Disfarçadamente Poeta
Sou escritor teimoso, que embromo com meu pensar, misturo palavras incertas, se encanto não sei falar, sou deveras um persistente, meu verbo é tão só tentar, não sei se agrado a todos, a simplicidade comigo está;
Um dia pensei comigo, uma forma de externar, as idéias dos calabouços, na mente não vão ficar, unindo letras é que encontro a forma de esboçar, a arte que mui pouco entendo, quero apenas me libertar;
Liberto-me dos devaneios, para indagações arrumo lugar, amores que tive ou não tive, a importância de se questionar, sarcasmo é companheiro, as dores que fazem chorar, as belas estrofes alegres ajudam-me a não parar;
Escrevo para mim mesmo, prazer é finalizar, meu clímax monossilábico, indescritível sentir me dá, palavras entrelaçadas aguçam um poetar, por isso me atrevo escrevendo tão só a imaginar, que sou mesmo algum poeta, transcendente idealizar;
Pessoa tinha talento, e sabia exemplificar, a dor que deveras se sente, o poeta quer camuflar, não sabe inocente este, que dele mesmo não se vai fugar, as entranhas e os avessos entregam qualquer sangrar;
E em meio à teimosia continuo o meu caminhar, sou amante dos atrevidos, latejante é meu indagar, poesia é o acalento, o que estimula o meu sonhar, de algum dia ser um poeta e com as palavras poder brincar, pois, brincando de assim o ser poderia assim disfarçar, e enfim disfarçadamente, ser poeta e ninguém notar.