O Vento

Ò tu, que toca a pele em graça.

Mesmo a quem disfarça,

Sem a ti poder ter

Engrandece os cantos do mundo

Com o frescor profundo

Do sentir sem ver

Tu que no correr do dia

Ora é tempestade, ora é brisa.

Mesmo quem em ti vê tristeza

Outrem vê alegria

Tu, ó vento subtil.

Que suspira num dulçor verossímil.

O sonho de quem em ti confia.

O constante mover da vida

Só entende quem o prova

À medida que os sonhos encontram

O que meus intentos aspiram.