Vôo luso-brasileiro
Voo alto na cidade escura
Embaixo, corpos retorcidos
No próprio eixo à procura
Estão prontos para a disputa
Em difusa e plena torcida
Na confusão mental,
(...) túmulo da civilização!
Esperam fazer o carnaval
Ação de plano experimental
Almejam vencer a solidão
Alcançar a maturidade da luz
É emergir, é olvidar submissões
Rumo ao sentido que seduz
Submersos em versos e intenções
Poemas nascem aos montões
Lealdade dorme vendo
O piscar das torres
Só o luar antevendo
O banhar das dores
Arco - íris de multicores
Sob as disposições da vida
A luz já não corteja as cores
Nas sombras das despedidas
Oculta um mar de horrores
Sinal de advertência
Pisca... Pisca e belisca
No olhar da irreverência
E por fim arrisca
Na estrofe que rabisca
Os bits das torres...
Nos arrebites se sofistica
Na cadeia montanhosa
Mergulha fundo e sonha...
Estar dentro daquele corpo
Onde tudo se principia
Um mundo de magias...
De infinitos olhos finitos
O amor finda e reinicia
Porque ele sobrevive no infinito
Onde tudo é mais bonito!
Hildebrando Menezes