INTERROGANDO O SILÊNCIO
Interrogando o silêncio
De minh'alma muda,
De minh'alma surda,
Plenamente me sentencio:
Preciso me calar.
O silêncio da alma não fala, irradia...
O silêncio da alma só se ouve por telepatia.
Preciso me silenciar,
Se quero que minh'alma me ouve.
Preciso aprender
Que para ela me compreender,
É preciso que o silêncio, com harmonia, eu louve.
Interrogando silenciosamente,
A minh'alma me ouviu,
A minh'alma em silêncio repetiu
A voz do meu coração suavemente:
Para se curar o veneno,
O antídoto, o remédio,
Vem por intermédio
Da transmutação do próprio veneno, em soro pleno.
Para interrogar
O silêncio da alma e ser ouvido,
Não se pode emitir nenhum ruído.
É preciso, sabiamente, silenciar.
A alma finge de surda
Para que possamos
Transmutar, tudo o que falamos
De forma tão absurda,
Num extasiante silenciar.
Silêncio prá lá!
Silêncio prá cá!
Interrogando com silêncio, sempre há de se extasiar.
A alma finge de muda
Para que possamos deletar
O nosso constante murmurar,
E inserir em nossa vida, uma nova muda,
A muda da árvore do silêncio.
Aprendi isto
Com O Nosso Senhor Jesus Cristo,
O Cósmico Mestre que vivenciou com os Essênios.
Sócrates disse: _ " Homem! Conhece-te a Ti Mesmo!"
Jesus disse: _ " Homem! Cura-te a Ti mesmo!"
Eu digo parafraseando,
Aliás, silenciosamente, interrogando o silêncio, ele foi logo irradiando:
_ "Homem! Cala-te para ouvir-te a Ti Mesmo!"