Costuras dos poemas...
Na mesinha
De cabeceira
Sorrateiro entre linhas
Te aconchegas
Que muitas e muitas vezes
Serviram-nos de escrivaninha
A rabiscar famintos
Poemas em versinhos
A requerer-me de conselheiro
Encontras logo o que quer...
Um tinteiro
E branca pena
Afogada num pequenino poço
De tinta... Onde se dá o começo
Que escreve, borda e pinta
De preto,
De negro
E ao lado, meio tombado
Um primeiro esboço.
Que sussurras ao meu ouvido
Declamando sorridente
Pena que quando anoitece
Ali submersa permanece
E sedento a ternura recomeça
Para quando o dia amanhece
E a inspiração nasce e apetece.
Caneta pena
Pronta a ser socorrida pelos nossos
Dedos
Ligeiros e gulosos
Mãos em comunhão
De versos que lapidam
A pedra ainda bruta
Com o nosso timbre e toque
Palavras são paridas
Em firme mármore
Os nossos murmúrios segredos...
Estão a postos vencendo o medo.
Hildebrando Menezes
Na mesinha
De cabeceira
Sorrateiro entre linhas
Te aconchegas
Que muitas e muitas vezes
Serviram-nos de escrivaninha
A rabiscar famintos
Poemas em versinhos
A requerer-me de conselheiro
Encontras logo o que quer...
Um tinteiro
E branca pena
Afogada num pequenino poço
De tinta... Onde se dá o começo
Que escreve, borda e pinta
De preto,
De negro
E ao lado, meio tombado
Um primeiro esboço.
Que sussurras ao meu ouvido
Declamando sorridente
Pena que quando anoitece
Ali submersa permanece
E sedento a ternura recomeça
Para quando o dia amanhece
E a inspiração nasce e apetece.
Caneta pena
Pronta a ser socorrida pelos nossos
Dedos
Ligeiros e gulosos
Mãos em comunhão
De versos que lapidam
A pedra ainda bruta
Com o nosso timbre e toque
Palavras são paridas
Em firme mármore
Os nossos murmúrios segredos...
Estão a postos vencendo o medo.
Hildebrando Menezes