Guardiã do teu jazigo
É na liberdade que o amor se quer
Atrevido, esvoaçante, arrogante
Nele se ensaia a dança da morte
Mas se o amor for para a vida
Vale a pena ser consorte
Trago flores no meu regaço
Nos olhos só um palmito
Já me vesti de embaraço
Dei à luz estrelas cadentes
Pari-as com um só grito
Sou demente e obcecada
Prenúncio de incoerência
Ferida que não cicatriza
Delírio de adolescente
Sou eu tanto ou não sou nada
Morro antes de te finares
A mim já me destinaram
Ser guardiã do teu jazigo