VIDA SEVERINA: PÁREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER.

Veja de 06/05/09

Distante do universo
pertinho do certo o homem busca-se atroz
A lua não é mais dos namorados
e no planeta encarnado não fica além de nós.
Adiante está o céu
tão perto te retiro o véu
da indormida solidão...
Mas a mão do amor sempre fica distante
do rosto angelical de quem se ama
Falta afeto no gesto

A bomba atômica atônita  matou milhões
A bomba FOME não tem sobrenome nobre:
Severinos, Severinos, 
Vida Severina quem te acode?
Amanhã talvez nem se precise FAZER amor,
A vida sem oratório,
Genoma, ovelha Dolle,
da pipeta verás a prole do nosso entardecer!
Que faço do meu carinho guardado
que faço do meu tesão sufocado
que faço dos meus lençóis solitáios?
Vários são os destinos
poucos talvez sobrem no entardecer...
Parem o mundo que eu quero
Fotos: Egberto Nogueira - revista Veja de 06/05/09